sábado, 3 de julho de 2010

O Velho do meu sonho



De repente estava andando descalço,

era um longo caminho de terra seca.
E enxerguei um velho sentado ao mormaço,
o rosto em direção ao sol, mas não fazia nem careta.

Eu corria amedrontado daquele cadáver ambulante,
sentindo seus olhos fitando-me decepcionados.
Então corri mais, até pelo caminho afastar-me,
foi quando ao longe avistei aqueles olhos mórbidos.

O homem tirou sua mira do astro,
Pôs-a em mim, chamando-me,
disse que não adiantava a velocidade do passo
porque o fim era o começo, e o começo o fim.

Sua vida era aquele circulo infinito,
e não adiantava terminar pelo começo.
Só lembro que temi aquele velho esquisito.
E aquele olhar morto... Nunca mais o esqueço

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