quarta-feira, 17 de junho de 2009

Às vezes


Às vezes não sentes um ardor,
uma chama pulsando em teu peito?
Uma vontade de extravasar sem pudor
sem medo de nenhum direito.

Às vezes teus músculos não tremem?
Tremem de ódio, de sede, de vontade.
Vontade de gritar para que te escutem
levantar o punho para defender tua verdade.

Às vezes tu não choras?
Berras de desespero calado
enquanto a memória te devora
num relapso filme acelerado.

Às vezes tua alma não explode?
Às vezes não te abraças?
Às vezes teu choro engoles?
Às vezes a força se escapa?

Não deixe que vivam por você
Não permita tua própria ruína
Não pare de tentar querer
Não construa tua triste cina

Viva! Grite!
Chore!Abrace!
Pois a vida se vive sozinha...

Gênesis Láurence

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