domingo, 27 de novembro de 2011

A estrada



Este caminho me conhece bem,
Meus passos desiguais, passeiam.
Pois minha mente anda tão além...
E meus pensamentos, por onde vagueiam?

Sempre fora do meu corpo vivo,
Mortos são os que não o fazem.
Ambulantemente no automático
O desnecessário da rotina, desfaz-se.

Tento agradecer as migalhas de felicidade,
Tenho carregado o pesar do pensar.
Como um rei sem nenhuma majestade,
Querendo apenas o dia terminar.

Responde-me o corpo quando sofre,
E possesso pela dor, pede demência
À vida, a Deus que tudo sabe,
Ou ao que me inspire mais conveniência.

As calçadas cochicham meu nome:
“Este é aquele que fez aquilo”
E ficam para trás no passado disforme,
No ponto cego do esquecido.

Dentro de mim choram os pensamentos,
Sem saber por que estão existindo.
Da sede da verdade vivem sedentos
neste pobre corpo intervindo.

Aos poucos são esquecidos
E ressurgem pela vida atormentados.
Espetam minhas veias, desvaídos.
E choram meus olhos condenados.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

El Peso



Vivir es como empujar un peso.
En veces sufrese para subir;
caminos accidentados; destinos lejos
soñadores iludidos; personas a sufrir…

Pero cuando son dos empujandolo,
este peso se reduce.
Mitad para cada uno,
así, con más facilidad empujase.

El casal debe estar unido,
deseando llegar en la misma dirección
Y caminando en el mismo sentido.
Su combustible es su pasión.

Aunque hayan piedras en el camino
y se caiga uno al suelo,
su pareja aguantará el peso
para que levante a su amor luego.

Cuando los dos hacen la misma fuerza
el peso se mueve mas pronto
y mas rápido se llega
a su destino correcto.

Pero si uno quiere correr más que el otro,
el peso descontrolase.
Los dos acaban cayendo,
peleando y malográndose.

El bueno no es llegar al destino,
sino, saber aprovechar el camino.
con la magia de un niño
que nunca esta aburrido.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O Amor não faz fumaça


Antes, achava que sabia sobre tudo.
E agora (advinha?) só sei que nada sei.
Conheci o maior dos vícios do mundo
E o maior dos dependentes tornei-me.

Minha vida ganhou um sentido
e uma outra face obscura.
A tua presença anestésica comigo
E tua ausência perpétua

Os ponteiros esgueiram-se
Ditando os bons momentos passados
Como anciões que da nostalgia entretecem-se
Mandando-me escutar calado.

Roo as unhas, conto-me os dedos.
Estou viciado, estou viciado!
Sem ti tenho tristezas, tenho medo.
O que farei sem minha amada ao meu lado?

sábado, 21 de maio de 2011

Último suspiro antes do impacto.



Eis que o tempo passou tão rápido,
E aqui estou em um novo futuro
Lembrando de um passado interrompido
No qual estava eu inseguro.

E eu que chorei pelo meu destino
Sem saber se o amanha era certo.
Por que chorou aquele menino
Se de razão estava coberto?

Tempo passou só por querer passar,
E o que ele levou não me faz falta.
Tanto que não gosto nem de lembrar,
Pois o que deixou já me basta

A vida nunca me deixou voar.
Minha cabeça é ilimitada,
Mas meu corpo não me deixa pensar
E acabo por morrer nesta estrada.

Insônia



Mais um dia o sol anuncia,
E por que ainda não dormi?
Café, pão, uniforme, mochila...
Ah, não. Ainda estou deitado aqui.

Ah, quase consigo adormecer.
Que pena, foi só um sonho,
Não adianta nem a posição mexer,
Tenho que levantar já em pouco.

Nem mais sinto sonolência,
Deito, durmo, morro e acordo
(Nem sempre nesta sequência)
E o tempo eu estorvo.

Há dias que o mundo sozinho vive-se,
E maldigo a noite que vira dia,
E a vida que o tempo come,
Na sua natural divina covardia.

Amanhã (que já é hoje),
Serei obrigado a viver
Mas tão rápido o sol nasce
E eu que só queria adormecer.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

A janela do meu corpo


A vida me vem a vai
Num circulo infinito de imagens.
Ontem estive só, hoje tu estais
E a pagina da minha vida retrai-se.

Pelos dias ando cabisbaixo,
Com as mãos nos bolsos passo.
“Passo” para os outros por quem passo
E “fico”, fico para mim, tão escasso.

Vejo o meu lindo céu;
Meu céu nublado choroso.
Quando menino adorava dizê-lo:
“Meu ceuzinho infinitoso”

Minha inteira vida ali,
à janela do meu corpo.
Eu sempre preso aqui,
Vendo o sol matando o meu céuzinho choroso...

sábado, 19 de fevereiro de 2011



Uma chuva estranha na madrugada,
ela está tão solitária nesse quase dia...
O frio baixa em uma fumaça invisível,
e o meu corpo treme.

Por que meus olhos ainda estão abertos?
A essa hora deveria estar dormindo.
Dentro da minha mente tem uma imagem,
a tua imagem.

E os meus ouvidos não escutam a tua voz,
celular morto, apagado, mas eu não.
Eu vejo o teu corpo ressonando ao meu lado.
Tu dormes como um anjo.

Resta-me apreciar a beleza do teu dormir.
E este resto mais parece produto,
porque tu até dormindo me encantas.
E como encanta...

A "ainda noite" me faz pesar o corpo.
E meu rosto quase encosta o teu,
tua respiração acaricia minha boca
e o resto... já não sei, tinha dormido.
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