Antes, achava que sabia sobre tudo.
E agora (advinha?) só sei que nada sei.
Conheci o maior dos vícios do mundo
E o maior dos dependentes tornei-me.
Minha vida ganhou um sentido
e uma outra face obscura.
A tua presença anestésica comigo
E tua ausência perpétua
Os ponteiros esgueiram-se
Ditando os bons momentos passados
Como anciões que da nostalgia entretecem-se
Mandando-me escutar calado.
Roo as unhas, conto-me os dedos.
Estou viciado, estou viciado!
Sem ti tenho tristezas, tenho medo.
O que farei sem minha amada ao meu lado?