sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Férias da Rotina



Ficarão velhos aqueles que brincaram,
se portarão como adultos, as velhas crianças.
Em alguma triste rotina enfadar-se-ão
fazendo-se sumir dos olhos as esperanças.

Estiveram tão felizes um dia,
hoje, os rostos relaxados ao espelho
revelam o que outrora não se via:
a verdade em seu rosto derradeiro.

Rindo com qualquer bobagem,
que os alivie ou lhes afague
Um momento reflexo de vertigem
que lhes brote um sorriso alegre

Internalizando feridas alheias,
adultos são crianças com birras diferentes:
"tu te tornas o que semeias
e ignoras o que não entendes"

As pessoas vão se abandonando,
às vezes, deixam de pensar,
não lhes importa o que estão ouvindo,
apenas a maneira de chegar.

Sua vida é como o último verso,
preguiçoso, porém constante.
Que fiquem as crianças em seu universo.
Pois mais feliz é o ignorante.

sábado, 29 de setembro de 2012

Quem?


Quem somos nós, bravos universitários?
Trajando-se para uma guerra,
os vencedores formando-se
em ilusões já tão ermas.

Uns de pronto são abatidos
e pelo caminho da vida
vão se tornando esquecidos
que desertaram à rotina.

Entre paixões e perigos
somos surrados com espinhos
da nossa casa, o exílio,
sofrendo por todo o caminho.

Mesmo sabendo disso tudo
teremos nós que continuar
não desistir nem um segundo
em busca do um dia que se poderá.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Meu Brasil



Bem aventurados somos nós,
criados dentre o sol e a neve.
Balançamos a tua flâmula atroz
e respeitamos quem a carregue.

Respeito não por um rosto,
mas adoração por um continente.
Descomunal nosso brado imposto
pelo orgulho da nossa semente.

Amor é lutar pelo Brasil
indignação é necessária!
Lutar pelo amor ao Brasil,
nossa pátria é extraordinária!

Sempre que a saudade arde,
minha vontade é rever tua cultura,
por Pindorama meu coração bate,
nosso país me elevando a estatura.

Inteligencia e Progresso,
eu também sou um guerreiro.
De teu hino eu não me esqueço
pois tenho orgulho de ser brasileiro.

Linda é uma nação unida
onde o respeito é mutuo
Somos o sangue, somos a vida,
através do nosso bravo orgulho.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A montanha intransigente


Já me foram os trinta
e onde vim parar meu Deus?
Pipoca e uma TV que auto desliga
e quem cobrirá os braços meus?

A noite exibe sua melancolia,
em sons românticos e longínquos.
Vejo imagens onde uma parede havia,
rerelembrando meus bons momentos.

Revejo os que por mim morriam,
desajeitados, sorridentes e hesitantes.
Meu nome aos prantos balbuciavam,
eram meus apaixonados amantes.

Deixei aqueles jovens no passado,
pois hoje não são mais os mesmos.
Outros "grande amor" devem ter encontrado,
e eu, aqui, imaginando o que seriamos.

E entre a insatisfação e a vergonha vago,
arrebitando meu falso feminismo.
Com dedicação ao trabalho me pago,
engulo minhas magoas com isso.

Meu castelo por um príncipe,
estou aceitando até um plebeu.
A solidão é uma montanha tão ingrime
que nas nuvens seu virgem pico, já se perdeu.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Viagem à realidade

Fotografia: a poesia do olhar



Velo meus pensamentos preocupados
que já não sabem encontrar-se.
Uma frenada de desesperados
entre berros confundem-me

Ignorados por Deus,
lembrados pela vida.
Dos que nada se extrai
lhes desejo uma pena ardida.

Há tanto o que pensar,
porque continuam apenas imitando?
Tua verdade um dia se desfará,
e riremos de teu tolo engano.

Gere, crie e conteste a realidade,
basta que se possa estar livre.
Livra-te de tua incontestabilidade
e de qualquer ideia que te prive!

Entre olhares e rostos vou
passeando pela tristeza do mundo.
No breu do pesadelo voo
sem querer encostar no imundo.

Meus pêsames a mim mesmo
estou preso neste pesadelo.
Olhos abertos, mas estou preso!
Eu curo, mas não sei como fazê-lo.

Eu te fazendo gargalhar.



Te forçava o sorriso,
mas ele, por mim tão fácil,
ia e vinha sem indício,
leve, gostoso, sem compromisso.

Os meus olhos alegres admiravam,
como o nascer de um novo sol
e com a empolgação que nunca tiveram,
esbaldavam-se em ritos, contemplando-o.

Caia meu rosto em tua pele,
querendo nadar neste mar de seda.
E não há hora que não zele
por tua presença em minha vida.

A cada amanheceres meus,
lembro de teu rosto alegre,
pedindo sempre ao bom Deus
que esta doída saudade leve.

Miseriosa Mágica



Mais uma vez volto,
refém de meus pensamentos,
em doídas carências retorno
arraigado por meus sentimentos.

A vida é um torturador,
que queima, trata e de repente:
volta para lembrar sua dor,
ferindo a ferida ainda latente.

Gargalhando com nossas lágrimas,
que não aliviam, mas ardem
sem controle e árduas,
infinitas como folha sem margem.

Ostenta a vergonhosa mágica
de criar, elucidar e matar.
Faz de nossos esforços uma sátira
onde atuamos até o nosso fim chegar.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Conectando...



Ganhou-me o corpo uma necessidade infame:
Quebrar o protocolo e escrever aleatoriamente.
A imagem terna e não disforme
De uma lembrança ainda tão presente.

O som que tentava bravamente interpretar,
A felicidade ou decepção em dois dígitos.
Com dificuldade, quase a parar,
Conhecia a ponte entre dois mundos.

Tanta coisa a aprender por lá!
Meus olhos consumiam aqueles dados,
Salvando textos em planilha,
Ouvindo todos falando calados.

O sol anunciando a hora de dormir
enquanto mundo ia se desligando.
Daquele computador teria que sumir,
Antes que alguém me o visse usando.

domingo, 27 de novembro de 2011

A estrada



Este caminho me conhece bem,
Meus passos desiguais, passeiam.
Pois minha mente anda tão além...
E meus pensamentos, por onde vagueiam?

Sempre fora do meu corpo vivo,
Mortos são os que não o fazem.
Ambulantemente no automático
O desnecessário da rotina, desfaz-se.

Tento agradecer as migalhas de felicidade,
Tenho carregado o pesar do pensar.
Como um rei sem nenhuma majestade,
Querendo apenas o dia terminar.

Responde-me o corpo quando sofre,
E possesso pela dor, pede demência
À vida, a Deus que tudo sabe,
Ou ao que me inspire mais conveniência.

As calçadas cochicham meu nome:
“Este é aquele que fez aquilo”
E ficam para trás no passado disforme,
No ponto cego do esquecido.

Dentro de mim choram os pensamentos,
Sem saber por que estão existindo.
Da sede da verdade vivem sedentos
neste pobre corpo intervindo.

Aos poucos são esquecidos
E ressurgem pela vida atormentados.
Espetam minhas veias, desvaídos.
E choram meus olhos condenados.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

El Peso



Vivir es como empujar un peso.
En veces sufrese para subir;
caminos accidentados; destinos lejos
soñadores iludidos; personas a sufrir…

Pero cuando son dos empujandolo,
este peso se reduce.
Mitad para cada uno,
así, con más facilidad empujase.

El casal debe estar unido,
deseando llegar en la misma dirección
Y caminando en el mismo sentido.
Su combustible es su pasión.

Aunque hayan piedras en el camino
y se caiga uno al suelo,
su pareja aguantará el peso
para que levante a su amor luego.

Cuando los dos hacen la misma fuerza
el peso se mueve mas pronto
y mas rápido se llega
a su destino correcto.

Pero si uno quiere correr más que el otro,
el peso descontrolase.
Los dos acaban cayendo,
peleando y malográndose.

El bueno no es llegar al destino,
sino, saber aprovechar el camino.
con la magia de un niño
que nunca esta aburrido.
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