sábado, 21 de maio de 2011

Último suspiro antes do impacto.



Eis que o tempo passou tão rápido,
E aqui estou em um novo futuro
Lembrando de um passado interrompido
No qual estava eu inseguro.

E eu que chorei pelo meu destino
Sem saber se o amanha era certo.
Por que chorou aquele menino
Se de razão estava coberto?

Tempo passou só por querer passar,
E o que ele levou não me faz falta.
Tanto que não gosto nem de lembrar,
Pois o que deixou já me basta

A vida nunca me deixou voar.
Minha cabeça é ilimitada,
Mas meu corpo não me deixa pensar
E acabo por morrer nesta estrada.

Insônia



Mais um dia o sol anuncia,
E por que ainda não dormi?
Café, pão, uniforme, mochila...
Ah, não. Ainda estou deitado aqui.

Ah, quase consigo adormecer.
Que pena, foi só um sonho,
Não adianta nem a posição mexer,
Tenho que levantar já em pouco.

Nem mais sinto sonolência,
Deito, durmo, morro e acordo
(Nem sempre nesta sequência)
E o tempo eu estorvo.

Há dias que o mundo sozinho vive-se,
E maldigo a noite que vira dia,
E a vida que o tempo come,
Na sua natural divina covardia.

Amanhã (que já é hoje),
Serei obrigado a viver
Mas tão rápido o sol nasce
E eu que só queria adormecer.
onselectstart='return false'